05 abril, 2012

Maria Madalena e o Perfume Precioso

 

 


Agora é a hora de dar,  de deixar de ser avarento, dar o melhor que você pode e tenha, de espalhar a riqueza de seu amor, de seu coração

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A sociedade prossegue lhe dizendo, “Isso está certo, e aquilo está errado”. Chamam a isso de consciência. Ela se fixa, fica implantada em você. Você fica repetindo-o. Isso não tem valor; não é verdadeiro. A coisa real é sua própria consciência. Esta não carrega respostas pre-definidas sobre o que é errado e o que é certo, não. Mas instantaneamente, seja qual for a situação que surja, ela lhe traz a luz – você entende imediatamente o que deve ser feito.

Jesus foi visitar a casa de Maria Madalena. Maria estava profundamente apaixonada. Ela derramou um perfume muito precioso nos pés dele – o frasco inteiro.
Era um perfume bem raro que podia ter sido vendido. Judas imediatamente objetou. Ele disse, “Você deve proibir as pessoas de fazer essas coisas sem sentido. O perfume ficará estragado, e há pessoas que são pobres e que nada têm para comer. Podíamos ter distribuído o dinheiro para os pobres.”
Jesus disse: “Não se preocupe com isso. O pobre e o faminto estarão sempre aqui, mas eu terei partido. Você pode serví-los durante toda sua vida, mas eu terei partido. Mas eu terei ido. Olhe para o amor, não para o perfume precioso. Veja o amor de Maria, seu coração.”
Com quem você irá concordar? Jesus parece ser muito burguês e Judas parece perfeitamente econômico. Judas está falando a respeito dos pobres, e Jesus apenas diz que partirá logo, "assim deixe o coração dela fazer o que ela quiser e não traga aqui sua filosofia.”
Geralmente sua mente irá concordar com Judas. Ele era um homem bem aculturado, sofisticado, um pensador. E ele o traiu – vendendo Jesus por trinta moedas de prata. Mas, quando Jesus foi crucificado, ele começou a sentir-se culpado. É assim que um homem bom funciona – ele começou a se sentir muito culpado, a consciência dele começou a perturbá-lo. Ele cometeu suicídio.
Era um homem bom, tinha uma consciência. Mas ele não era consciencioso. Essa distinção precisa ser profundamente entendida. Consciência é emprestada, fornecida pela sociedade. A consciência é sua realização. A sociedade lhe ensina o que é certo e o que é errado: faça isso e não faça aquilo. Ela lhe dá a moral, o código, as regras do jogo – essa é sua consciência. Do lado de fora, o policial; dentro, a consciência – é assim que a sociedade lhe controla.
Judas tinha uma consciência, mas Jesus era consciencioso. Jesus estava mais interessado no amor da mulher, Maria Madalena. Isso era uma coisa tão profunda que coibí-lo seria ferir o amor dela; ela iria afundar dentro de si mesma. Derramar o perfume sobre os pés de Jesus foi apenas um gesto. Por trás disso, ela estava dizendo:
“Isso é tudo que tenho – a coisa mais preciosa que possuo. Verter água não seria o bastante; esta é muito barata. Eu gostaria de derramar meu coração, eu gostaria de derramar todo meu ser….”
Mas Judas tinha somente sua consciência: ele olhou para o perfume e disse: “Este é valioso.”
Estava completamente cego para a mulher e seu coração.
O perfume é material, o amor é imaterial.
Judas não conseguia ver o imaterial.
Para isso, você precisa dos olhos da perceptividade.
OSHO

Que sejamos sempre capazes de verter o perfume e ter a percepção do mestre, "ver" o essencial !
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