21 fevereiro, 2010

Ainda, depois de tudo...

"Quando de um passado muito distante nada subsiste depois das pessoas estarem mortas, depois das coisas estarem quebradas e dispersas, somente sabores e cheiros, mais frágeis, porém mais duradouros, mais não-substanciais, mais persistentes e mais fiéis permanecem estáveis por longo tempo, como almas, lembrando, esperando e ansiando, dentre as ruínas de todo o resto, carregam inabaláveis, na minúscula e quase impalpável gota de sua essência, a vasta estrutura da memória."
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Marcel Proust, Remembrance of Thing Past
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Assim como os óleos essenciais, todas as impressões e decisões sejam baseadas na alma de todas as coisas, pois só isso é o que sempre foi.... e depois de tudo ela ainda sempre É.
Tudo muda... e podemos mudar quase tudo.... e no fim todas as formas exteriores viram pó... Pois que não é preciso grandes feitos, mas preciso é o encontro de tudo aquilo que está em ti, reconhecer em medida perfeita, e é desta forma que podeis exalar e fazer perdurar o que não se torna poeira... aquilo que ainda depois de tudo, É.
(não sei bem explicar, mas almas e memórias ao meu ver sempre tiveram uma estreita relação).

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